sábado, 21 de novembro de 2015

PARIS, MARIANA, JESSICA... QUEM SOMOS? DE ONDE VIEMOS? PARA ONDE VAMOS?

Quem somos? Somos os pensadores, os revolucionários, os que se interessam por causas sociais, afinal, somos os que  pintamos o peril no face, não é?

Somos os que não buscam informação, os que não possuem senso crítico, que não nos preocupamos em questionar o que acontece e o porque acontece. Somos os que nos pintamos de Sírios quando eram refugiados e hoje somos os que nos pintamos de França.

Já fomos Maju, Thaís, coloridos, e até já fomos macacos para defender o Daniel Alves, mas nunca fomos elefantes para defender o jogador Walter.
Afinal, quem somos? Somos os revoltados de teclado, os revolucionários das redes sociais, os modinhas do mundo.

De onde viemos? Viemos de cada Jéssica, de cada agressão sofrida nas portas das escolas. Viemos do riso ao ver duas meninas brigando, da  insensatez de reclamar da educação do país, mas fazer viral de um vídeo de duas alunas se batendo.

Viemos da hipocrisia, da falta de coerência entre discurso e prática. Viemos do homem que mata o homem para a diversão do homem. 
Quando vemos uma briga entre jovens, com direito a plateia e tudo viralizando para a diversão de todos, posso entender claramente de onde viemos, viemos do pão e do circo, dos gladiadores que se matavam para a diversão, viemos da fuga dos problemas se divertindo com a degradação.

Para onde vamos? Vamos para a lama, que hoje infelizmente assola Mariana. Vamos e vamos empurrados pela força de uma lama que se preocupa em discutir a pior a tragédia, ao invés de ajudar pelo menos uma delas.

Vamos por lama abaixo, por conta das nossas barragens feitas de base não sólida, de nossas famílias desgastadas que formam gerações sem perspectivas e entendimento. Vamos pelo lamaçal que nos contamina diariamente, com a falta de bom senso e a intolerância dos que se dizem tolerantes.


A cada explosão em Paris, explodimos ainda mais as inconstâncias de quem somos. A cada barragem arrebentada, demonstramos a falha nos nossos sistemas que resultam em Jéssicas espalhadas por todo país.

Professor César Ricardo

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